quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Sedentarismo como doença

Nós, à milhares de anos atrás, não eramos sedentários. Aliás, não o conseguíamos ser. Não tínhamos meios para isso. Eramos caçadores-recolectores. Caçavamos animais, e apanhavamos frutas e vegetais de uma zona enquanto ela conseguia. Quando os recursos acabavam o ser humano ia embora, e por isso nunca paravamos.

Esta introdução não tem muito a ver com este tema, mas sobre outros que tenho muita ansiedade em falar. Porém, como poderam ver, o ser humano antes eram um ser muito activo. Coisa que nos dias de hoje é raro, bastante raro, perigosamente raro!

A doença do próximo milénio

O sedentarismo decorre dos hábitos de uma vida moderna, altamente industrializada e mecanizada. Hoje em dia, até para subir para um piso de um edificio existem meios para o fazer sem nos cansarmos. Com toda esta evolução tecnológica, as actividades que necessitavam de um maior gasto energéticos são suprimidas e substituidas por facilidades automatizadas. A "lei do menor esforço" está fincadamente assumida na nossa sociedade reduzindo assim grande parte do consumo energético do nosso corpo.


O sedentarismo é, portanto, a falta ou grande diminuição da actividade física. Quando eu me refiro a actividade física, não me refiro necessáriamente a actividades desportivas. O conceito é associado ao indíviduo que gasta poucas calorias por semana em actividades. Para deixar de fazer parte desse grupo de sedentários é necessário, no mínimo, de um gasto calório de 2,200kcal por semana em actividades físicas. ( Este estudo foi realizado por ex-alunos da universidade de Harvard. Mas tenha em atenção que o valor de 2,200kcal/semana é o valor que se considera suficiente para combater o sedentarismo, e não para uma pessoa se manter saudável )



O sedentarismo não costuma ser visto como um problema grave. Mas as pessoas têm de ter em conta que o sedentarismo é a causa do aumento da incidência de várias doenças, entre as quais: Hipertensão arterial, Diabetes, Obesidade, Ansiedade e o aumento do Colestrol LDL ( mau colestrol). Além de tudo isto o sedentarismo é considerado o principal factor de risco de morte súbita, estando muitas vezes associado, directa ou indirectamente, às causas de agravamento da maioria das doenças.


Como parar?

Para atingir o mínimo de actividade física semanal, recomenda-se a prática de diversas actividades físicas como: Andar, Correr, Pedalar, Ginástica, Musculação, Futebol ou outros desportos. Estas actividades ajudam não só a evitar ser sedentário como também ajuda a melhorar a sua qualidade de vida. A realização destas actividades durante 40 - 60 minutos de 3 - 5 vezes por semana é considerado suficiente para ter estes beníficios.

Porém a vida nos grandes centros urbanos trazem-nos facilidades que, além de influenciar o indivíduo a gastar menos energia, impõe também dificuldades para encontrar tempo e locais disponíveis para a prática de tais actividades físicas. A própria falta de segurança já é um obstáculo. Diante de tantas limitações, tornar-se activo pode ser uma tarefa difícil mas não impossível.

As alternativas à prática de desportos passam muitas vezes despercebidas aos seus olhos. Mas coisas simples como subir dois ou três andares de escadas, dispensar controlos remotos, estacionar o automóvel intencionalmente longe do local onde pretende chegar e dispensar escadas rolantes nos shoppings são alguns exemplos do que poderá compor uma boa mudança de hábitos. Segundo uns trabalhos científicos recentes - a prática de 30 minutos de actividade física diária, contínua ou acumulada é a dose suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.

Conclusão

Deixar de ter uma vida sedentária por vezes parece ser complicado. Mas com determinação toda a gente consegue. Se não tem tempo para praticar actividades físicas pode e deve alterar a sua rotina de modo a gastar mais energia. Porém, se o seu unico problema é espaço ou segurança, existe uma alternativa que cada vez contém mais adeptos: o Ginásio.

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